segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A CRISE DE ESCASSEZ DA ÁGUA CHEGOU…

A água é a matriz da cultura, a base da vida. A água tem papel central no bem-estar material das sociedades por todo mundo. Apesar de dois terços de o nosso planeta serem compostos de água, estamos enfrentando uma falta aguda desse elemento. A crise da água é a dimensão mais difusa, mais severa e mais invisível da devastação ecológica da Terra. O ciclo hidrológico é o processo ecológico pelo qual a água é recebida pelo ecossistema sob a forma de chuva ou neve. A umidade que cai sob essas formas recarrega os rios, aquíferos e os lençóis freáticos. A dotação de água de um ecossistema particular depende do clima, da fisiologia, da vegetação e da geologia da região. Em cada um desses níveis, os seres humanos do período moderno abusaram da Terra e destruíram sua capacidade de receber, absolver e armazenar água. O desmatamento e a urbanização desenfreada destruíram a capacidade das bacias dos rios em reter água. A questão da urbanização desenfreada é de simples explicação: antigamente, antes das cidades se formarem, a água da chuva era absorvida pela terra quase imediatamente e sem causar grandes danos. As inundações eram também responsáveis pelo sucesso da agricultura. Com o surgimento das primeiras cidades, o homem passou a destruir a vegetação para construir casas nas margens dos rios e, então, as enchentes tornaram um problema. Prédios, casas e asfalto recobrem as ruas, prejudicando a impermeabilização do solo, e, sem as raízes das árvores, que como esponjas seguram a água na terra, o volume de água a ser escoado pelo sistema de captação das cidades volta para os rios, aumentando mais o risco de enchentes desastrosas Outros fatores estão presentes nos locais de construções inadequadas, quando áreas são ocupadas por moradias ou loteamentos clandestinos ou, mesmo legalizados, mas que provocam desequilíbrio no sistema de formação de água, mormente quanto cobrem os conhecidos “olhos d´água”. Isso tudo vem aliado, ao despejo de lixo e esgotos, nas nascentes, nos rios. No Brasil existe seca no Nordeste, alcançando uma parte de Minas Gerais, onde as reservas de água são insuficientes em seus mananciais. Ironicamente, o Brasilabriga a maior reserva de recursos hídricos do Planeta, com 12% do volume mundial de água doce. Presente, as dificuldades de lidar com as chuvas, enchentes e períodos estendidos de seca, considerando às épocas do ano propícias à sua ocorrência, as alterações climáticas ambientais contribuem para tornar a questão ainda mais preocupante. Ogrande vilão é o aquecimento global da Terra, causado principalmente pelo efeito estufa,em decorrência da emissão de gases poluentes na atmosfera. O certo é que, a crise hídrica já chegou aos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em Minas, uma das nascentes do Rio São Francisco está seca e algumas cidades enfrentam problemas de abastecimento. Belo Horizonte e, algumas cidades do interior, também contam com falhas no abastecimento de água. Já é de conhecimento comezinho que, a falta de investimento das empresaspara evitar o desperdíciodesmatamento desenfreado, a urbanização sem controle e projeto, o descuido com as fontes de águas e a gestão ruim foram fatores que influenciaram na crise hídrica que desafia o Brasil. O desafio, portanto, para o Brasil,está longe do fim. Mas em Caratinga e região, não deve ser o fimadoção de uma série de medidas de economia de água pode ser o primeiro caminho. Especialistas já manifestaram que, usar a água com consciência é um hábito a ser cultivado, não somente em momento de crise. Cuidar para quenão haja desperdício, aproveitar a água da chuva e reutilizar a água são alternativas apontadas para amenizar a crise hídrica. O reflorestamento das margens ciliares dos rios, o plantio de árvores, o cultivo de plantação junto às nascentes de água, a vedação de jogar lixo junto às nascentes, nos rios, tudo isso, é o maior desafio da sociedade como um todo, das autoridades públicas, as entidades educacionais, com promoção de eventos de conscientização da população em geral, etc, antes que seja travada uma verdadeira Guerra pela Água!

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